Um cigarro na mão, e o olhar fixo no céu. Os cabelos negros assanhados pelo vento constante daquele lugar esquecido pelos deuses. As mãos calejadas pelo trabalho árduo com ferramentas. As primeiras rugas no rosto surgiam como um rio perto de seu delta. Ele terminou seu cigarro.
- De onde você é?
- Não muito longe. Só estou passeando.
- Notei. Ninguém daqui se veste assim ou tem uma moto dessas.
- Gostou?
- É legal. Mas prefiro aquelas potentes.
- Eu prefiro o ar clássico. E a beleza!
Um sorriso ficou no ar, junto com um leve movimento das sobrancelhas.
- Sabe onde tem um restaurante?
- Essa hora já está fechado. O melhor lugar é na pousada. Eu vou com você lá. É do lado de minha casa.
- Tá bem. E aliás, sou o Carlos.
- Carlos, pode me dar um cigarro? Sou a Lídia.
- Todo seu. Vamos lá.
Carlos estendeu o cigarro e o isqueiro. Em seus pensamentos, a tarde estava agradável, com todo aquele vento e aquele perfume suave e doce que emanava da pele morena de Lídia. Quando chegaram a pousada, ela o agradeceu pelo cigarro, e foi para casa. Carlos entrou na pousada para reservar um quarto e comer alguma coisa. Ele não pretendia voltar para sua cidade.
Se na tarde o vento corria solto, a noite o calor tomava de conta. Sem vento, sem nada. Tempo seco e parado. Restava a opção do ventilador para espantar os pernilongos. Tempo vai, tempo vem. A energia falta. Tudo escuro. Sem ventilador. Tudo tão sem graça. Resolveu ir para a cozinha do lugar onde tinha velas e um pouco de bebida. Em um canto da pousada, Lídia bebia uma lata de cerveja.
Carlos a olhou demoradamente. Ela o atraía, e sabia que assim o fazia, olhava de volta e sorria. Aquele corpo chocolate, exalando pecado e volúpia, tão convidativo por baixo daquele vestido estampado o fazia pensar em várias coisas. Mas pensou apenas em não pensar mais. Afinal a bebida estava pensando por ele.
Ela resolveu tomar a iniciativa.
- Você perdeu algo?
- Hein? Não.
- Parece que sim. Não parava de olhar para mim.
- Ah, desculpa, eu...
- Quer procurar melhor?
- E se eu achar o que procuro?
- Em toda procura existe uma recompensa. Vem, vamos para cima.
Ele estava hipnotizado. O olhar âmbar daquela mulher o conduzia sem esforço. Os cabelos castanhos de Lídia eram só mais um toque de perfeição a uma obra de arte trai natural e pura.
As curvas daquela estrada se mostravam bastante sinuosas, curvas que eram molhadas e quentes, além de macias. As pernas definidas e as coxas delicadamente moldadas por um artista culminavam numa bunda tão perfeita, onde até as estrias eram toques artísticos. A cintura delineada e marcante pedida pelo toque de uma mão. Os seios médios e rígidos careciam do calor molhado de uma boca para os saborear. A pequena boca carnuda ansiava por beijos fortes e cheios de tesão.
A vontade pairava naquele quarto. Um forte desejo se endurecia, ficando apontado contra a gravidade. Pequenas mãos quentes começavam uma fricção naquele mastro pulsante. Carlos estava aproveitando cada segundo daquele momento tão bonito. Aquela visão paradisíaca. E se tornou mais perfeita ainda quando Lídia não resistiu a todo desejo que consumia seu corpo. Sua boquinha se abriu, e deixou que o membro daquele amante noturno entrasse em choque com sua língua, travando uma calma luta de prazer. A excitação era nítida e intensa. Ambos precisavam um do outro. Logo, Carlos iniciou um meia nove, degustando o íntimo daquela mulher. Seu gosto era especial. Tão bom quanto um vinho suave. Tão apetitoso como a mais deliciosa sobremesa. Consequentemente, ambos estavam úmidos, entre gemidos e olhares.
Não havia motivo para esperar. Aquele pau tão duro quanto um ferro precisava entrar no corpo erótico de Lídia. Precisava meter e sentir cada momento daquilo. Sentir a temperatura, a pele, o aconchego daquela cavidade. Precisava sentir em seu corpo o toque daqueles mamilos duros. Precisava morder aquele pescoço, beijar com vontade, apertar e foder. Como era bom foder. Aquela mulher estava acabando com ele. Dizia putarias em seu ouvido. Sacanagens que só o atiçavam.
- Me fode! Com força. Mete forte. Mete. Ai, cachorro. Me fode, fode sua puta.
E Carlos fazia o melhor que conseguia. Mudou de posição. Deitou na cama, fazendo com que Lídia montasse em seu pau. E era dado início a cavalgada. Era possível escutar a carne batendo na outra. Assim como podia se ouvir os tapas na bunda. Era magnífico. Lídia sentava com maestria, e revirava os olhos enquanto apertava aquele pênis com seus músculos íntimos. Um gemido intenso profetizavam o momento tão divino que viria.
- Ah, não para. Mete gostoso. Puta que pariu! Vai. Vou gozar, filho da puta. Tô gozando. Mete esse caralho em mim.
Logo, ele também estava prestes a gozar.
- Segura mais um pouco, safado. Goza na minha boquinha. Goza tudo. Enche minha cara de porra. Vem cá, me dá seu leitinho quente.
Ele não aguentava mais. E entre urros, soltou tudo que estava preso. Aquela mulher realmente sabia foder. Tanto que ele não se contentou com um orgasmo.
Ela juntou os seios, apertando com as mãos. Convidando o pau quente de Carlos para uma espanhola. Nada tão bom quanto esfregar o pau em peitos tão lindos e quentes. Ele poderia passar o resto do dia assim. Mas ainda faltava algo. O cuzinho de Lídia. Ele colocou-a de quatro, e sem precisar cuspir, foi colocando o membro já tão lubrificado para entrar no buraco escuro e apertado de Lídia. Lentamente ele foi preenchendo aquele espaço. Até que ela sentiu o conforto, estava relaxada e fez sinal para ele começar o glorioso vai e vêm.
Os gemidos eram sufocados pelo travesseiro. Seus cabelos eram puxados pelas mãos fortes de Carlos que também dava palmadas em suas nádegas tão redondas. Depois de um tempo, o pulsar fervente daquele pênis anunciava o segundo orgasmo. Era hora de inundar aquele cu. Ele acelerou os movimentos ardentes e por fim encheu com sua porra aquele lugar tão gostoso.
Ambos se deitaram, suados, e sorridentes. Acenderam um cigarro, beberam um pouco mais, e voltaram as atividades mesmo quando a energia havia retornado. No dia seguinte, continuaram com suas vidas. Ele montou em sua Harley e voltou para sua cidade, já pensando em quando iria retornar, e Lídia continuou com seu charme irresistível aguardando o momento do reencontro.