Logo casa dos contos
Esqueceu a sua senha? Clique Aqui

Principal Categorias Ultimos Contos Melhores Enviar Contos Painel Cadastro Fale conosco
Categorias Ultimos Contos Melhores Enviar Contos Painel Cadastro Fale conosco Login

Revelações

Enviado por: DanielBestTales - Categoria: Gays

         Bem vestido, estilo inteiramente cativante, passos suaves, mas seguros, postura firme, mas relaxada, face tão delineada, mas tão profunda... E aqueles olhos verdes que me observavam com tanta intensidade, me envolviam, me enredavam e aprisionavam... O cabelo loiro ondulava calmamente ao vento. A silhueta perfeita que ali apresentava...
          Era fim de tarde, passeava na praia e lá o encontrei, poucos metros à minha frente. Sozinho, levemente transpirado pelo calor, músculos tensos do cansaço. Quando o meu olhar o encontrou, não conseguiu largá-lo. Absorvia cada pormenor, cada traço, cada expressão, para não esquecer a apaixonante visão. Então, ele olha em frente e encontra-me .. "aqueles olhos verdes que me observavam com tanta intensidade, me envolviam, me enredavam e aprisionavam...". Senti a calma com que sempre encarava o mundo ser abalada e desfigurada pela vontade, pela necessidade, pelo desejo de o ter, de o ver mais perto, de o agarrar e ficarmos unidos para sempre.
          Ele para e observa-me. Eu paro também, instintivamente, como se ele controlasse todas as minhas ações. Sabemos que algo nos move, aos dois, agora em conjunto e da mesma forma. Aproximamo-nos. Uma vez perto o bastante, os meus olhos percorrem o seu corpo, a força das suas pernas, a camisa apertada sobre um peito que subia e descia e me provocava arrepios, o vigor dos seus braços, a serenidade da sua face. Reparei que também ele correu o meu ser com os seus olhos. A sensação é única, como se nos fundíssemos em simples trocar de olhares e morrêssemos se o outro desaparecesse.
          De uma só vez, colocámo-nos lado a lado e caminhámos juntos. Sem saber onde me levava, deixei que os meus pés o seguissem, na verdade, iria para onde me levasse, desde que a minha vista não perdesse a visão do seu corpo... Seguimos ao longo da praia até chegar a uma arriba, verdejante, fresca e banhada pela profunda luz do pôr do Sol. Subimos por caminho escondido na vertente e chegamos a uma moradia simplesmente fascinante. O seu design suave e marcado, a sua interação com a areia, as ervas, o mar e aquele sol eram quase tão perfeitos como o homem que eu seguia. Entrámos. No interior, sobressaía a mesma harmonia, uma serenidade que acordava algo em mim, uma calma que me alterava e um calor intenso, mas agradável, que quebrava em mim qualquer dúvida, ou hesitação.
          Sabia o que iria acontecer e desejava-o. Sabia, também, ou acreditava, que ele queria o mesmo. Naquele instante, retirou a camisa que o escondia e revelou a beleza por mim tão esperada. A grossura do seu pescoço era acompanhada pela largueza do seu peito. Uma ave voava livre na sua lateral. Os seus abdominais não muito marcados, mas o suficiente para despertar em mim sensações que desconhecia. Esperava ansioso pelo último movimento, aquele me ia desvendar o que mais pretendia ver… Mas ele não o fez. Em vez disso, aproximou-se, até que pude sentir a brisa da sua respiração e o calor do seu corpo sobre mim. A sua presença intimidava-me, mas ao mesmo tempo, impedia-me de cair, segurava-me e largava-me sucessivamente, não me permitia relaxar, mas eu também não queria.
          Ele olhou para mim e os seus olhos indicaram-me o que fazer. Completamente seduzido, ajoelhei-me lentamente, sentindo o seu cheiro, habituando-me à sua visão, aproveitando todas as sensações… Assim que à minha frente deixei de ver a sua face e me deparei com a sua mão a segurar o fecho dos seus calções, o meu coração parou e no mesmo instante nunca tinha batido tão rápido. Tão abafado pelo desejo, pouco conseguia reagir e ainda menos sabia o que pensar. A atração que sentia, a necessidade de fazer exatamente tudo o que ele me indicava ocupavam a minha cabeça e moviam as minhas mãos. Não, não era isso. Era ele que movia as minhas mãos, e as levava em direção aquele fecho. A tremer, motivado pelo seu olhar penetrante, desabotoei o botão e desci as ligações do metal. Cada som, cada toque, parecia demorar-se e invadir-me. Consumia-me aquela espera e, ao mesmo tempo, eu precisava dela para entender a realidade com que me deparava.
          Quando o fecho chegou ao fim, não sabia o que fazer. O meu interior em alvoroço sentenciava a minha confusão exterior. Mas, nesse instante, a sua mão direita desliza sobre a minha face, cai até ao meu queixo e vira o meu olhar para o seu. “E aqueles olhos verdes que me observavam com tanta intensidade, me envolviam, me enredavam e aprisionavam...” envolveram-me, enredaram-me e aprisionaram-me mais uma vez. E seria uma de muitas, eu achava. Como aconteceu antes, incentivaram-me a agir e imediatamente soube o que fazer. Seguindo os meus sentidos, agarrei nas bordas daquela peça de roupa e desci-a. Como isso me destruiu. O descer daqueles calções, inundados pelo seu odor quente e doce, pela suavidade da pele das suas pernas turvou a minha visão. Tinha agora, mesmo frente à minha face, o que ambicionava, aquilo que ia consagrar a nossa união. Porque, afinal, ficaríamos os dois unidos na eternidade por aquele sentimento, a paixão que pensava ser mútua.
          Impunha-se agora um último constrangimento à minha realização. O padrão enegrecido dos seus boxers destacava a sua pele bronzeada, distinguindo-a, mas ao mesmo tempo complementando-a. Desta vez não precisava de indicações, ou incentivo. Fechei os olhos e, quando os abri, comtemplava o que tanto queria. Agora, inteiramente livre dos artifícios humanos, eu podia observar nele as proporções equilibradas e a combinação perfeita entre todas as partes do seu corpo. Mas, enquanto me demorava a observá-lo, senti a pressão dos seus olhos sobre mim e o toque das suas mãos sobre a minha nuca. Empurravam-me. Aproximavam-me. Guiavam-me. Em êxtase, nada em mim agia. Inicialmente, subi as minhas mãos para agarrar algo, mas ele desviou-as, não as queria. Continuou a dirigir a minha cabeça, até os meus lábios macios quase tocarem na pele rosada do seu membro. O cheiro era intenso, dominava-me, submetia-me, mas era isso que eu queria. Antes de separar os lábios, senti uma dúvida, uma palpitação, como se algo me avisasse que não devia. Imediatamente passou, pois o meu desejo não permitiu a sua permanência. Mais uma vez, fechei os olhos.
          Senti calor. Uma forma cilíndrica entrava na minha boca, violando o espaço dos seus elementos. Enchia-a e penetrava cada vez mais fundo. Um sabor sem igual, causava algum nojo, mas muito mais prazer. Abri então os olhos e dei-me conta do que fazia. Deixei entrar na minha boca o órgão daquele homem. Suavemente, senti-o empurrar o corpo contra mim. Era sufocante aquele volume no interior do meu ser, impedia-me de respirar, dado o tamanho. Mas isso apenas me entusiasmava mais. Senti o seu membro sair e entrar da minha boca. Servia-se dela como se sua fosse, como se aquele fosse o seu único proveito, como se eu tivesse nascido unicamente para lhe proporcionar aquele prazer. Aos poucos, aumentou a intensidade deste movimento. Gotas de transpiração corriam pela minha face, atingiam os meus maxilares já cansados e prosseguiam em direção ao meu pescoço. Então, ele agarra-me decididamente a cabeça e empurra todo o seu corpo contra mim. Perdi-me nesse instante. Já não era o mesmo. Pertencia agora aquele homem que me usava para satisfação dos seus prazeres. Forçadamente, colocou todo o seu órgão dentro da minha boca, até que a minha face alcançasse o seu abdómen. Era demasiado para o que eu conseguia engolir. Tentei resistir, mas os seus braços não cederam. Percebi então que não dependia de mim. Estava submetido à sua vontade. Pensei que não fosse resistir, aquela massa incomodava todo o meu interior, mas ele queria que assim fosse e eu não tinha como escapar.
        Finalmente, embora não fosse o que no fundo desejava, ele largou-me e deixou-me respirar por uns segundos, não longos o bastante, pois forçou mais uma vez a entrada do seu membro na boca. Mas, dessa vez deixou-o confortável e gemeu. Senti que algo se aproximava. Sabia que se o permitisse iria mesmo pertencer-lhe. Mas eu queria. A sua cabeça inclinou-se e ele olhou para cima. No mesmo instante, o calor invadiu de novo a minha boca. Parecia tratar-se de um líquido libertado com alguma pressão. Um após outro, encarei vários jatos da sua semente inundarem-me, trazerem-me sabores novos e sensações extremas. Senti-os descerem até à entrada da minha garganta. Aí permaneceram. Eu parei. Estava indeciso. Mas ele sabia da minha hesitação. Olhou para mim, e o verde daqueles olhos impeliu-me a engolir aquilo que tornaria sua propriedade. Assim fiz.
          Ele percebeu e largou-me. Afastou-se e deixou-me ali. Foi buscar um roupão e nele se enrolou. Eu observava a cena, confuso perante o que deveria fazer. Estava à espera que para os dois tivesse tido o mesmo significado. Afinal, não estávamos destinados a juntar-nos? Decididamente, ele dirigiu-se até à porta e disse “Quando puderes sai.”. Fiquei petrificado, sem saber o que pensar. A frase ecoou inúmeras vezes na minha cabeça. Não fazia sentido, eu devia ficar ali, com ele. Levantei-me. Todo eu tremia, sentia abalada a minha existência, destruída a minha dignidade, violado o meu coração. Olhei para ele, os meus olhos vazios, sem luz, sem cor. Já os seus, igualmente verdes, mas frios, distantes e reveladores de desdenhos, mentiras e traições. Então percebi. Não tinha acontecido nada. Fui vítima da vontade de um homem. Fui instrumento para satisfazer os seus prazeres. Serviu-se da minha ingenuidade e paixão, usou-me e agora que já não precisa de mim expulsa-me. Correu uma lágrima na minha face. Entreguei-me e abri o meu ser para aquele homem, que me roubou o que aí tinha, e me deixou sem nada. Saí, voltei-me, ainda, mas ele estava de costas. No último momento, vira-se e diz-me “Gostei. Até que tens um jeito pra isto. Podemos repetir um dia, de certeza que vais ter saudades da minha piça. Da próxima vez, chamo uns amigos meus e dás-nos alguma diversão!”. Não consegui sentir mais nada.

Comentarios
Seja o primeiro a fazer um comentario nesse conto.
Comente esse conto abaixo

(Numero maximo de caracteres: 400) Você tem caracteres restantes.

Desejo registrar meu voto junto com o meu comentario:


Ficha do conto
Avatar do perfil DanielBestTales
Por: DanielBestTales
Codigo do conto: 13930
Votos: 1
Categoria: Gays
Publicado em: 02/06/2018

×

OPS! Para votar nesse conto voce precisa efetuar o login




Este site contém contos eroticos, fotos e videos destinados exclusivamente ao público adulto.
Ao acessá-lo, você declara que tem no mínimo 18 anos de idade e que no país onde você esta acessando esse conteúdo não é proibido.
© 2005-2025 - CasaDosContos.com - Todos os direitos reservados