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Capitulo 2 - Curiosidades e Descobertas

Enviado por: JonasRJ - Categoria: Gays

Saí da escola e encontrei com meu pai na frente do colégio. Aguardamos meu irmão mais novo chegar e em seguida nos dirigimos para o carro e fomos para casa.
Aquela proposta de Renatinho estava me consumindo, não estava entendendo qual era a dificuldade que ele teria de levar a revista pra escola como ele já havia feito por tantas outras vezes.
Será que ele estava tramando alguma coisa? Será que naquele dia, aquelas olhadas que ele me deu significavam alguma coisa? Minha cabeça estava numa turbulência e sem direção. Passei praticamente a tarde toda divagando nos meus pensamentos, me perguntando o que diabos era aquele convite.
E com isso os dias foram passando. Vez ou outra o Renato ainda me perguntava se eu iria lá ou não, mas eu em um misto de receio e medo, acabava por desconversar e nunca ia.
Eu tinha muito pouco conhecimento a respeito de sexualidade e opções sexuais. Mas naquele momento, estava me perguntando o que estava acontecendo comigo. Meu pai, sempre foi um homem muito sério e tradicionalista. Nunca foi preconceituoso com ninguém, pelo contrário, sempre respeito a quem quer que fosse. Homem, mulher, branco, negro, baixo, alto, fosse essa pessoa “comum” ou “diferente”, essa era a linguagem que ele utilizava com a gente quando queria se referir a uma pessoa homossexual. Não por preconceito, mas por não saber abordar o assunto de maneira simples para um pré-adolescente de 14 anos. A minha falta de informação me fez questionar uma série de coisas que estavam acontecendo comigo e com isso, eu estava começando a achar que eu poderia ser “diferente”.
Uma das coisas que eu comecei a sentir, após ver aquela revista, é que duas coisas estavam aflorando em mim, ao mesmo tempo. O desejo por meninas e um estranho desejo por meninos. Pelas meninas eu tinha um desejo tanto romântico, queria ter uma namorada, assim como tantos outros jovens, mas também sentia desejo carnal. De ter uma menina em meus braços, beijar, abraçar e quem sabe fazer outras coisas mais.
Mas ao mesmo tempo, sentia um desejo estranho pelos meninos. Não romântico. Não tinha interesse nenhum em me relacionar afetivamente com nenhum outro garoto. Mas tinha sim, um desejo puro e simples, de ter alguma coisa mais física com eles. Mas não sabia de que forma.
Outra coisa que estava aflorando em mim, era um súbito interesse pelas roupas da minha irmã. Como havia dito antes, sou o terceiro filho de quatro irmão. Sendo que tinha um irmão doze anos mais velho e uma irmã oito anos mais velha, além do meu irmão um ano mais novo.
Naquela época, meu irmão mais velho já havia saído de casa para ir cursar a faculdade em outro estado, enquanto minha irmã mais velha, fazia universidade em Niterói, na UFF, o que para fins de facilidade, fazia com que ela passasse a semana na casa de uma tia minha que morava por lá.
Nossa casa, era relativamente grande, consistindo em uma construção de dois andares, nos quais, no andar de baixo, ficavam a cozinha, uma copa, uma sala e um banheiro enquanto que no andar superior, tínhamos um total de quatro quartos. A época em que todos moravam juntos, meu irmão mais velho e minha irmã, possuíam um quarto cada, enquanto que no outro quarto ficavam meus pais e o ultimo eu dividia com meu irmão mais novo. Depois que meu irmão mais velho saiu de casa e com o meu crescimento e o de meu irmão, eu fiquei com o quarto em que dividia com meu irmão para mim e ele herdou o quarto do meu irmão mais velho. O que para mim era ótimo pois agora eu tinha um mínimo de privacidade e podia usar o meu quarto do jeito que eu quisesse.
Mas voltando ao que interessa, naquela época eu estava sentindo uma súbita curiosidade e interesse pelas roupas da minha irmã. Sempre que ela estava em casa, eu ficava interessado em ver quais seriam os conjuntos de roupas que ela usaria, se havia comprado algo novo e sempre que estava sozinho, acabava me aventurando no guarda roupas dela. Gostava de vasculhar principalmente as gavetas de lingerie dela. A maciez e delicadeza daquelas roupas me deixavam extremamente excitados, cada vez que as via, gostava de tira-las das gavetas, colocar em cima da cama da minha irmã e ficar observando e passando a mão nelas. Algo dentro de mim sempre me impelia a experimenta-las, mas nunca tive coragem. Meu medo de que durante esse processo alguém chegasse me impedia de tentar realizar um dos meus maiores sonhos na época, que era sentir a maciez e suavidade de uma calcinha no meio da minha bundinha e um sutiã nos meus peitos.
Diversas vezes foram minhas visitas ao quarto da minha irmã nos momentos em que eu me encontrava sozinho em casa.
Nesse meio tempo, havia ficado no ar o convite de Renatinho para que fosse a casa dele para ver as revistas com ele. Eu continuava com a desconfiança de que ele estava com alguma intenção por trás daquele convite, mas então, as forças do acaso acabaram por contribuir com ele.
Coisa de um ou dois meses depois do convite, surgiu de fato um trabalho escolar para a feira de ciências promovida pelo meu colégio. Nessa ocasião, por decisão dos professores, os alunos seriam separados em duplas através de sorteio para que cada dupla pudesse recriar uma de várias experiências que seriam dadas como opções de apresentação. Isso nos daria algo em torno de 15 dias entre a data do sorteio das duplas até o dia da apresentação da feira de ciências.
No dia do Sorteio, eu estava sentado um pouco mais à frente da classe, de forma que eu não conseguia ter visão de Renato. A medida que as duplas iam sendo sorteadas, eu ficava um pouco mais ansioso. Achava estranho. Parte de mim torcia para que a minha dupla fosse com qualquer outro aluno, enquanto parte de mim queria que Renato fosse o escolhido. Após alguns minutos que mais pareciam horas, o resultado saiu. Jonas e Renato. A dupla havia sido sorteada e quando olhei para trás, procurando por Renato, pude ver claramente sua cara de satisfação com a escolha dos professores.
Ao final da aula, recebemos as especificações do nosso trabalho. Teríamos que fazer um vulcão funcional, utilizando vinagre e bicarbonato de sódio. Uma experiência relativamente simples, mas que era trabalhosa devido a quantidade de coisas que deveríamos fazer em uma maquete.
- E aí? – falou Renato – Pronto para fazer o trabalho lá em casa?
- Eu tenho escolha? – perguntei com uma cara de suposta derrota.
- Claro que tem. Podemos fazer na sua! – Respondeu em tom de gozação.
Renato, assim como meus outros colegas sabiam da minha dificuldade de levar pessoas na minha casa. Minha mãe e meu pai, por serem pessoas muito religiosas, ficavam muito tempo fora de casa devido ao trabalho e a atividades religiosas que exerciam, bem como alguns trabalhos de assistência social de causas que eles abraçaram para ajudar ao próximo, o que fazia com que eu passasse a maior parte do tempo em casa sozinho. Não existia muito problema nisso, tendo o fato de que a minha avó materna morava praticamente do outro lado da rua e estava sempre a vigiar a casa e o que os netos estavam aprontando.
Certa vez, aproveitei que meus pais não estavam em casa e convidei alguns colegas de classe para ir até lá para jogarmos o antigo Super Nintendo, coisa que não foi vista com bons olhos pelos meus pais, já que eles não deram as devidas permissões para que aquela atividade ocorresse. Tal qual, no dia da jogatina, meus pais voltaram cedo e pegaram todos os meus amigos dentro de casa fazendo bagunça, o que fez com que eles emitissem um comunicado de proibição total a visitas de colegas e amigos a casa sem o devido consentimento e sem que pelo menos um deles estivesse em casa.
Isso me obrigava a fazer os trabalhos em grupo quase que mandatoriamente na casa dos outros ou fazer a minha parte sozinho e levar depois para eles, coisa que no caso da feira de ciências era impossível de se fazer.
- Bobão! Você sabe que eu não posso fazer isso.... – falei com a cara emburrada.
- Então fica combinado, durante os próximos dias, já avisa lá na sua casa que você sai da escola e vai direto lá pra casa pra gente poder fazer o trabalho beleza? – falou ele em tom animado.
Conforme combinado, assim foi feito.
No dia seguinte, após o termino da aula, eu e Renato aguardávamos no portão do colégio pelo carro do pai dele e enquanto isso, conversávamos sobre o trabalho e o material que teríamos que usar.
O pai dele chegou, e numa buzinada rápida, nos deslocamos para o carro e depois nos dirigimos para a casa de Renato.
Chegando lá fui muito bem recebido pela família dele. O pai de Renato, Seu Luiz, era um senhor com seus quarenta e poucos anos, brincalhão e sagaz. Do momento em que foi nos buscar até o termino do almoço, ficou nos entretendo com piadinhas e comentários engraçados que fazia a todos rirem. A mãe de Renato, Dona Clara, era uma mulher calma, tranquila, porém com um semblante sério e austero. Sempre preocupada se estávamos bem servidos e me perguntou por mais de uma vez se eu não queria repetir a comida.
Após o almoço, Seu Luiz voltou para o trabalho. Ele era dono de uma loja de materiais de construção, enquanto isso, dona Clara se voltava para os afazeres domésticos e depois de terminar sentou-se a sala para assistir a um pouco de TV enquanto passava a roupa.
Eu e Renato fomos para o quarto dele, e enquanto organizávamos as coisas para começar o nosso projeto, falei:
- Sua família parece ser bem legal! – falei descontraído – seu pai é muito bobo!
- Bobo, sei, você não conhece meu pai como eu! – Falou Renato sério – Ele tá todo bobo agora que tem visita, quando não tem ninguém em casa, quase não fala e quando fala, a maioria das vezes é pra reclamar.
Realmente não podia imaginar que seu Luiz fosse um homem da maneira que Renato o descrevia, mas enfim, voltamos ao trabalho. Passamos boa parte do tempo nos concentrando no projeto e como deveríamos fazer as coisas. Já era uma quatro da tarde, faltava pouco para o meu pai ir até a casa de Renato me buscar quando Renato falou:
- E aí? O que você achou da revistinha que eu levei? – Perguntou marotamente.
- Sabia que tava demorando pra você querer falar disso.... – respondi tentando disfarçar
- Ué? Só tô perguntando... nada demais.... só queria saber se você gostou do que viu!
Renato estava com um brilho no olhar diferente, mas como via que ele estava decidido a falar sobre isso, acabei por entrar no jogo dele.
- Gostei ué... era algo que eu nunca tinha visto antes.... por isso fiquei curioso e tinha te pedido para ver de novo... – falei quase gaguejando.
- E o que você mais gostou de ver? – insistiu Renato.
- Como assim?
- O que você mais gostou de ver? A mulher, o cara? O que você gostou de ver na revista?
As perguntas que Renato me fazia me deixavam sem saber o que responder. A verdade é que eu tinha gostado de ver tudo. Gostei de ver aquele cara musculoso com sua piroca enorme, da mesma forma que gostei de ver a mulher com sua bunda gigante e buceta carnuda e gostei mais ainda de ver os dois se comendo.
- Gostei de tudo! A revista era legal ué... não tô entendendo o que você ta perguntando? – falei tentando me livrar daquela situação.
Renato não se deu por vencido.
- E você ficou de pau duro quando viu a revista? – perguntou ele sacanamente.
- C-Claro né? Como é que eu não ficaria? – respondi totalmente vermelho.
- Mas você ficou de pau duro quando viu ela ou quando viu ele?
Eu já não estava entendendo mais nada do que o Renato estava querendo com todas aquelas perguntas. Estava me sentindo sufocado e sem saber o que responder.
- Eu fiquei muito excitado vendo os dois – falou ele calmamente e agora um pouco mais sério.
- Como assim? – Perguntei.
- Eu gostei de ver os dois. O cara e a mulher. De forma igual – olhou nos meus olhos respondendo – Eu só queria ter certeza de que você pensou igual....
Naquele momento, percebi que Renato era mais ou menos como eu. Também tinha tido dúvidas e estava tentando se entender.
- E-eu também – respondi sentando na cama dele - eu gostei de ver os dois por igual.
Naquele momento nasceu um pequeno laço de amizade entre nós. Uma amizade que iria gerar uma cumplicidade que eu não esperava acontecer.
Após as revelações, eu e Renato ficamos conversando por mais uma meia hora até que meu pai chegou para me buscar. Nos despedimos, mas havíamos combinado de que eu voltaria no dia seguinte para darmos continuidade ao projeto.
Fui para casa com a cabeça a mil. Ao mesmo tempo aliviado e surpreso.
Agora, antes relutante, eu estava ansioso para o dia seguinte e ir para casa de Renato.

Continua...

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Ficha do conto
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Por: JonasRJ
Codigo do conto: 20016
Votos: 0
Categoria: Gays
Publicado em: 10/12/2021

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