Eu não sei como contar essa história. O que posso iniciar falando é que diferente de 99% das histórias que são narradas nesse site, essa realmente aconteceu. Quando vou inventar algum conto é mais fácil, posso começar com um fato chocante e depois ir narrando os acontecimentos, mas quando é uma história real, que você precisa se lembrar, é ainda mais difícil.
Esse perfil foi criado para eu narrar minhas experiências sexuais e amorosas ao longo dos meus 23 anos, e olha que foram muitas. Vou começar pelo dia em que o cara mais bonito do meu antigo colégio decidiu me comer.
Quando eu tinha uns 20 anos recebi uma mensagem no celular desse meu colega de ensino médio. Na mensagem ele falava que queria fumar uma comigo, e não tinha onde ir, o ideal é que a gente fosse fumar no motel. Eu que não sou besta nem nada aceitei, na verdade antes de aceitar fiz um charminho, algo como "Mas vamos gastar muito", e logo ele disse "Que nada, conheço um no centro que é bem barato".
Enquanto pegava o ônibus para encontrar esse amigo, me vinha na cabeça tudo que já passei com ele. Os vídeos de pau duro que ele já me enviou, onde chegava até a bater uma para mim, e as fotos da minha bunda macia que eu também já enviei e recebi chingamentos "Para de me enviar isso, eu sou hétero mano!".
O Luciano sempre foi enrustido, e eu sempre soube disso. Não pelo seu jeito, ele é bem másculo, enquanto estávamos no ensino médio ele namorou muitas meninas, Giovana, Gabriela e Viviane eram algumas das meninas que ele pegou, além das que ele apenas comeu. A lista era enorme, mas eu sempre notei um olhar diferente dele para mim, as vezes percebia que ele me encoxava quando estávamos nas grandes filas do corredor para ir embora.
Era dia de carnaval, saindo do motel eu iria direto para um bloquinho encontrar alguns amigos. Mais tarde nesse dia fumei tanta maconha que fiquei olhando o trio o dia inteiro enquanto meus amigos reclamavam da minha ausência mental.
Demorou para eu encontrar o Luciano. Ele me mandava mensagem falando que estava no parque em frente à biblioteca, depois falava que estava na própria biblioteca, até que finalmente falou que já estava no motel, que era em frente à Mário de Andrade. Quando o vi parecia que todo aquele meu desejo sexual reprimido da adolescência se condensou em uma pessoa logo à minha frente.
Ele continuava o mesmo. Mesmo cabelo, lábios, olhos e jeito de me olhar. Ele foi gentil, me deu um oi na porta e subimos os dois juntos. Na recepção tivemos que apresentar nossas identidades e escolher os horários. O lugar era feio. Chegando no quarto ele tira a maconha do bolso e a coloca na janela.
O Luciano sempre tinha esse jeito de me fazer sentir extremamente confortável. Eramos amigos à muito tempo, desde a adolescência, e desde então houveram tempos em que ficavamos no Mensseger o dia inteiro falando sobre as bandas The Smiths, The Doors e The Cure, enquanto eu apresentava músicas e bandas novas para ele, ele aceitava todas com a complacência de um anjo. Não era de se esperar que no motel ele também fosse muito gentil. Comentou que iria tomar um banho, porque havia voltado do trabalho.
- Tá trabalhando do que?
- Sou barman em uma balada, mano.
Ele estava realmente cheirando à suor, usava uma roupa toda preta, calça jeans e camiseta. Seu cabelo estava liso e preto como sempre foi, servindo de moldura para seu rosto branco com sobrancelhas pretas e olhos igualmente pretos.
Ele fechou a porta e começou a tomar o banho, enquanto eu fiquei ali fora tragando a erva. Eu, nas minhas outras experiências com a maconha me sentia extremamente ansioso, mas ali era diferente. Parecia que aquele quarto era a prova de qualquer desastre. Ali só poderia acontecer coisas boas.
Ele saiu do banheiro apenas de cueca e disse:
"Desliga o chuveiro para mim, não estou conseguindo!"
Gente, estou bem cansado e vou dormir. Me digam vocês se devo voltar amanhã e continuar a história?
