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Demoníaca

Enviado por: Isac236 - Categoria: Outras

# Esta história é baseada em fatos reais da minha vida quando eu tinha 17 anos de idade.

Era no inverno de 1990, dia turvo, nuvens carregadas de águas, mas que não as despejavam, apenas favorecia-nos com fortes ventos e lampejos de raios a riscarem o céu e, clareando-o em diversos pontos como num imenso pisca-pisca. Naquela época a cidade era pequena, do modo que seus cidadãos conversavam pelas janelas de suas casas, onde ao anoitecer ouvia-se os cantos dos pássaros noturnos, dos morcegos que habitavam as construções antigas e que foram construídas no período mais sublime da arte arquitetônica do Brasil, o Barroco. Estava se findando mais um dia, como qualquer outro naquele lugar, belo e mágico. Seria mais um, apenas, se não fosse a chegada dela a cidade.
Não nos víamos há pelo menos dez anos quando sua família teve que ir embora, tínhamos entre sete a oito anos de idade no período de sua saída. A reconheci logo que desceu do ônibus, estava uma bela moça, tinha aproximadamente 1.70m de altura, longos cabelos lisos e negros, sua pele parecia tão macia como a de um bebê, tão branca como a própria neve, e de lindos lábios, naturalmente vermelhos, como a cereja. Fiquei estático, olhando-lhe, direcionou-se a sua antiga moradia, que até então estava fechada. Parecia que reconhecia pouca coisa da cidade, mas não teve grandes problemas em encontrar seu alojamento, apenas admirava tudo o que via. Resolvi, portanto, ir ao seu encontro, ao aproximar-me chamei pelo seu nome, Dára, e ela virou-se para mim, e após alguns segundos me encarando, com olhares fixos nos meus, respondeu dizendo meu nome, Isac.
Finalmente a chuva, que tanto nos ameaçava, resolveu descer das nuvens. De repente tivemos que entrar em sua casa, e já abrigados, abraçamo-nos. O local encontrava-se sujo e com aspecto desagradável para moradia, resolvi questioná-la o porquê que a trouxera de volta, sozinha. Dára, por uns instantes caminhou pela sala, contemplando cada detalhe, e ao parar no antigo piano, que naquele momento encontrava-se coberto por um pano branco, ela o descobriu e começou a tocá-lo. Não consegui descobrir qual musica ela estava interpretando, contudo era maravilhosa de se ouvir, e antes que pudesse terminar com a canção interrompeu-a e respondeu a minha pergunta falando que estava ali para vender o casarão de sua família, estendeu-se em sua fala para me explicar que seus pais haviam morrido há pelo menos 5 anos e que naquele período, desde a morte de seus pais, viveu com sua avó, e que esta viera a falecer recentemente, também. Lastimei toda a sua tristeza e me dispus a ajudá-la no que fosse preciso e no que ela quisesse, não conseguia parar de olhar para ela, meu coração acelerava descomunalmente, ela sorria graciosamente para mim, e disse que precisava descansar da viagem e, portanto, iria ter de encontrar uma pousada. Sua forma de se mexer, de conversar, seu olhar tão vivo, mas ao mesmo tempo mórbidos, estava me paralisando, mas tentei me conter ao máximo e voltar à minha razão, e após dizer sua necessidade, levei-a à única pensão da cidade, e por coincidência do destino, encontrava-se localizada do lado de minha casa.
O hotel-pousada era relativamente grande, por conta de ser um antigo casarão, tinha dois pisos, onde geralmente quem se hospedava ficava na parte superior, sua dona era uma senhora da terceira idade, muito simpática e querida por todos, chamava-se Dolores, ela tinha um casal de filhos, mas que não moravam lá, apenas sua neta era sua família mais próxima, esta morava com sua avó e tinha a mesma idade que a nossa, aproximadamente dezoito anos, não era muito bonita, mais pelo fato de não saber se arrumar, andava de maneira muito simples e era pouco vaidosa, chamava-se Josélia. Eu já tinha namorado com ela, mas por pouco tempo, tanto que nem cheguei a criar nenhum sentimento amoroso, por outro lado, Josélia demonstrava ainda ser apaixonada por mim. De todo modo, eu não queria mais nada com ela, tanto que a tratava como uma amiga, unicamente.
Após hospedar Dára retornei para casa, estava radiante de tanta felicidade, falei da novidade a meus pais, que não se mostraram tão surpresos ou alegres como eu, naturalmente. Na verdade, meu pai era do tipo de homem que gostava de dominar toda uma situação e pessoas que ele julgava lhe pertencer, minha mãe, eu; para ele éramos seus e nossa casa era seu habitat, questionou de minha demora, se era somente por conta da ajuda a minha recém chegada amiga ou se eu tinha ido pra algum outro lugar indesejável, porém respondi que estava, apenas, prestando a ajuda necessária a Dára, e dando-se por satisfeito retirou-se após jantar e foi para o quarto. Apesar de ranzinzo, ele não era velho, tinha 38 anos naquela época, trabalhava na polícia militar, na cidade chamavam-o de sargento Bragança. Sua disciplina militar fazia com que ele quisesse que eu seguisse as mesmas regras, obrigava-me a acordar antes das seis horas e fazer exercícios físicos como corrida, apoio na barra, flexão e abdominais. Eu já estava acostumado, e até gostava, pois aquilo me proporcionava manter um físico atlético, e tencionava chegar a mesma idade que meu pai com o mesmo padrão físico dele.
Minha mãe, por outro lado, tinha uma doença degenerativa com que fazia que ela permanecesse quase sempre em casa. Chamava-se Judite, antes da doença aparecer era muito bonita e de aparência vívida, porém após ser acometida pela patologia tornou-se moribunda, perdendo aos poucos o brilho que tinha e com isso a sua beleza. Papai permanecia casado, e repetidas vezes falava que ficaria com ela até que um dos dois morressem. Mas sua fidelidade a ela era mais por uma questão de honra do que de amor propriamente dito, pois ele não dispensava oportunidades para humilhá-la falando palavras que a magoava ou agindo feito um grande ditador em nossa casa. Ele era um homem bem atraente, sua postura completava sua virilidade, e muitas mulheres eram encantadas por ele na cidade. Por diversas vezes o flagrei saindo pela madrugada e voltando antes do amanhecer, não sabia para onde ia, mas desconfiava.
***
# Pessoal, irei continuar com minha história, mas pelo momento publicarei apenas essa introdução, se vcs gostarem deixem seus comentários, por favor.

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Ficha do conto
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Por: Isac236
Codigo do conto: 9008
Votos: 1
Categoria: Outras
Publicado em: 27/09/2015

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