Era 2016 e eu, Cecília, me perguntava onde será que o Tomás andava nesse mundo... Tínhamos perdido o contato desde a época da faculdade quando morávamos na mesma república e éramos companhia um do outro para tudo: cinema, festas da faculdade, até lanche no foodtruck no meio da tarde de um domingo. Apesar de sempre ter havido uma química entre a gente, uma tensão sexual, nunca namoramos ou tivemos nada.
Mudei de alojamento (por motivos alheios ao Tomás) e depois mudei de faculdade, bem longe, perdendo o contato.
Uma tarde de Maio desse ano (2016), resolvi procurá-lo nas redes sociais. Bateu uma saudade daqueles tempos... Pelo nome consegui facilmente achá-lo e logo mandei-lhe uma mensagem. Vi que tinha casado. Cada um seguiu com as suas vidas, mas naquele momento, quando voltamos a nos falar, parecia que o tempo tinha voltado. A saudade bateu, mas eu não podia, pensei. Ele continua casado, apesar de eu ter-me separado. Trocamos algumas mensagens atualizando as nossas vidas um pro outro e ficou por aí.
Alguns meses depois, o Tomás me manda mensagem dizendo que ia a trabalho para a minha cidade. Fiquei animadíssima!! Depois de tanto tempo iríamos nos ver de novo.
Quando nos encontramos, parecia que estava vendo aquele rapaz de 19 anos na minha frente. Não enxergava nenhum traço físico que denunciasse o passar dos anos. Era 1995 outra vez. Levei-o a passear e mostrar onde morei desde que nasci até me mudar,..não sabia por quê mas estava mostrando parte de mim nos lugares.
Na semana seguinte a esposa e a filha vieram. Ela estava querendo me conhecer. Assim que soube que ela vinha, bateu um ciúmes. Aquele momento era só nosso. Por que vir? Tentei esconder atrás de um "Que maravilha! Quero conhecê-la também!".
Depois disso, ele foi embora sem ter acontecido nada, apenas uma ida ao cinema como sempre fazíamos na faculdade, onde por instinto, hábito, seja o que for, encostei a minha cabeça nele mas recuei logo que me dei conta.
Tentei esquecer a sua vinda, ele não me mandava notícias com frequência.
Passaram-se meses... quando recebi uma mensagem dele dizendo que viria a trabalho novamente. Fiquei animada de novo.
Foram 4 semanas de trabalho aqui. Eu tentando dar atenção, querendo marcar pra sair mas ele estava com muito trabalho nas duas primeiras semanas.
Como nós dois gostamos muito de cerveja, perguntei se ele queria ir à festa do St. Patrick. Combinamos então de nos encontrar lá. Aquele dia foi diferente, desde cedo. Parecia que estava me arrumando para um casamento (sem perceber isso) e acabei chegando um pouco atrasada com relação à hora que combinamos. Cerca de 15 minutos.
Antes de sair do taxi, já o tinha visto na porta da festa. Uma alegria e ansiedade tomaram conta do meu corpo e eu não conseguia esconder direito. Cumprimentei-o e entramos.
A festa tinha banda, gente dançando, colocando adereços, mas nós sentamos numa mesa e ficamos lá como se a festa fosse apenas um pretexto para o clima que estava se materializando. Tentei me esconder atrás da cerveja que íamos provando, mas a cerveja costuma fazer exatamente o contrário. A cada minuto, hora (seja lá que medida temporal) passava, eu não queria que aquele momento acabasse, principalmente quando lembrei que ele iria embora daqui a 6 dias.
A embriaguez emocional junto com a provocada pela cerveja não me deixam lembrar quando o contato físico começou. Quando me dei conta ele ja tinha o braço à minha volta, de vez em quando um carinho no braço, mãos dadas,... e quando me dei conta a sua boca já estava perto da minha. Eu tentei me esquivar de início, achando que ele estava embriagado. Lembrei na hora que nunca tinja ficado com ele antea porque eu o achava "galinha". Fama ou não, isso foi a minha desculpa na época da faculdade para não me entregar. E ali estávamos nós, rostos colados, quase provando aquela boca que tanto quis há tanto tempo. Disse-lhe algo no ouvido do tipo "Tem certeza?" Afinal, se ultrapassássemos aquele limite, nada seria igual novamente.
Eu sentia a sua vontade palpável se misturar à minha. O seu consentimento foi discreto, fraco, diante da energia e vontade que estava crescendo entre a gente. Aquele beijo que tanto imaginei estava acontecendo. E estava sendo melhor do que eu poderia imaginar. A sua boca se encaixava perfeitamente na minha. O beijo era molhado, intenso, profundo, por onde podia sentir o seu desejo e também demonstrar o meu.
Era um caminho sem volta. Não aguentávamos de vontade e já não conseguíamos esconder.
Fomos dar uma volta à beira do lago à noite. Sentamos num banco sem nos importarmos muito com quem podia passar. Às vezes um casal ou outro também procurava a sua intimidade num canto qualquer daquela área. Eu esquecia do que estava acontecendo ao meu redor quando ele me beijava. Ainda por cima com a intensidade com que estava a me beijar. As mãos não se contiveram a acariciar o rosto e o pescoço. As suas mãos grandes começaram a descer, a acariciar de leve os meus seios, que nessa hora já estavam pedindo pelas suas mãos. Eu já estava molhada, cheia de vontade do Tomás, querendo-o em mim ali mesmo. Sem me importar com quem passasse.
O Tomás me pergunta se eu quero subir para o quarto do hotel onde estava hospedado. Subimos, cheios de vontade e apreensão. Eu me debrucei na janela apreciando a vista da minha própria cidade por outro ângulo. O Tomás abraça-me por trás e beija o meu pescoço e eu me viro logo de seguida. A sua altura me faz sentir bem mais vulnerável e entregue naquele momento. O beijo intensifica e vamos no mesmo ritmo em direção para a cama. Ele tira a camisa, revelando uma tatuagem no seu braço que me deixa ainda com mais tesão, não sei por quê. Eu estava absolutamente entregue naquele momento. Ele tira o resto da roupa e vejo o seu pau duro, enorme. Não era preciso ter tido muitos relacionamentos para comparar. O seu pau era mesmo grande, grosso. Eu tive algum receio na hora, mas estava tão molhada, querendo tanto ele dentro de mim que deixei o receio de lado. Ele encaixou a cabecinha (que não merece ser tratada no diminutivo) e eu me abria cada vez mais, entrelaçando as minhas pernas nas suas costas como uma tentativa de não sairmos daquela posição tão cedo.
O ritmo foi lento de início, ajustando o seu tamanho dentro mim e aos poucos foi aumentando o ritmo e intensidade.
Aquela vontade que ficou latente por décadas sendo socada como se estivessemos (des)contando os dias, meses, anos que se passaram sem termos a oportunidade de nos entregarmos até àquele momento.
Sentir a sua pele contra a minha, o seu cheiro, o seu toque, o seu pau dentro de mim, tudo ao mesmo tempo foi uma explosão se sensações.
Por fim, ficarmos abraçados por um tempo recuperando o fôlego e aproveitando apenas aquele instante, já mais relaxados da tensão acumulada.
Cecília e Tomás - 5. Testando limites
Cecília e Tomás - 6.Reviravolta